Descubra aqui as receitas inesquecíveis de Tom Oliveira, bartender e embaixador da Destilaria Verve
Um dos grandes nomes da coquetelaria da última década, Tom Oliveira resolveu deixar a vida corrida de São Paulo para viver bem melhor em Florianópolis. Acontece que a correria não diminuiu. Tom tem colaborado com o desenvolvimento da cena local de coquetelaria através de suas consultorias, treinamentos e como embaixador da Verve, destilaria da região serrana catarinense.
Aqui, ele conta sobre os drinks mais apaixonantes que ele já experimentou na vida e o que fizeram cada um deles se tornar inesquecíveis.
Tom Oliveira começou sua trajetória de bar no Vegas Club da rua Augusta, hoje fechado. De lá circulou pelo centro de São Paulo na The Edge, Lions, Alberta #3 e Tex. A partir de 2013 se aprofundou mais na coquetelaria e tomou o rumo de casas mais focada no segmento, destaque para os extintos Rock & Breja e Home SP. Além de ser finalista nas duas edições do Most Imaginative Bartender (MIB), Tom foi um dos finalistas do Bacardí Legacy 2018/2019 e conquistou esse ano o título do Tio Pepe Challenge 2023.
Desde 2017 Tom está em Florianópolis e com a Gipsy Cocktails realiza consultorias, treinamentos e eventos. Atualmente é embaixador da Destilaria Verve, comandando as ações da marca principamente na região sul do Brasil.
Qual o primeiro drink que você lembra de ter bebido?
“Olha, com certeza não foi o primeiro, mas para mim, foi onde abri minha mente para a tal da boa coquetelaria. Nos anos 2000-2010, os drinks era muito mais doces, frutados e sem grande personalidade.
Mas, foi no Alberta #3, numa carta criada pelas mãos de Michelly Rossi (Bar dos Arcos, Riviera e Love Cabaret) e do Alex Camargo (atualmente em Portugal). Não me recordo exatamente a receita, mas me lembro da sensação de provar uma versão da casa de um dos grandes clássicos da coquetelaria, o Manhattan.
O que me surpreendeu na época foi o sabor amargo, herbal e encorpado. E como eu vinha de uma coquetelaria extremamente doce e frutada, foi uma alegria encontrar drinks naquele perfil.”
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Qual drink você criou e é inesquecivel para você?
“O Tuxedo’s Sherry, que é uma versão do Tuxedo, e com gin Verve lavado em azeite e ostra nativa da Ostravagante e Tio Pepe Jerez fino, Luxardo, bitter e spray de absinto.
É claro que a ostra é mais complicada de manipular, mas é um drink que eu quero fazer mais vezes e servir mais pessoas, porque ele é muito especial e inesquecível para mim.”
Esse coquetel é uma releitura do clássico Tuxedo (1882), onde o vermute seco da receita original foi substituído por Tio Pepe Jerez Fino.
Com essa receita, representando o Café no Bule, Tom conquistou a etapa nacional e representou o Brasil na final do campeonato mundial em maio, na Espanha.
1. Água de Beber, por Michael Rodrigues e Lucas Gomez bartender do Bossa Drinks
Verve Gin, licor de laranja, purê de pêssego, chá de rooibos, sour mix e solução cítrica, clarificado em iogurte natural e carbonatado no sistema de carbonatação Pressh.
“A inspiração por trás de Água de Beber foi trazer a sensação de memória afetiva, assim como a música de Jobim, assim como o Bossa Nova, algo que já existe mas de uma forma diferente.” conta Michael.
“Eu gostei bastante desse drink, por ser frutado e refrescante. Leve e ao mesmo tempo elegante e complexo.” – (Tom)
foto por Natasha Azambuja
matcha sour
2. Matcha Sour, por João Boaventura, bartender do Black Horse Coffee Roasters
Verve Gin, licor abadia, matcha, suco de limão siciliano, xarope de açúcar e clara pasteurizada.
Para João: A inspiração veio pelo sensorial, após provar o gin Verve, veio a curiosidade de saber como ele se comportava com presença de um chá, no caso, escolhi o matcha. As notas terrosas e herbais do chá verde japonês casaram perfeitamente com as notas cítricas e frescas do gin catarinense. Ele foi criado para um guest da chef Thalyta Koller e Ian Kruel, porém, o sucesso foi tanto, que acabou entrando na carta; hoje é o coquetel mais vendido da casa, conquistando até mesmo aqueles que juravam não gostar de matcha.”
“Gosto bastante das notas herbáceas e da textura desse drink, valorizando bastante os botânicos do gin.” – (Tom)
foto por Dari Luz
le vie rose
3. Le Vie Rose, por Jean Vanini, bartender do La Notte Gastrobar
Verve Gin, licor de amêndoas, vermute seco, xarope de morango e limão siciliano, clarificado em leite.
Jean explica que a “nossa carta chama-se The Taste, e é inspirada na autenticidade dos ingredientes, junto a cores e texturas. Esse drink é reflete esse sentimento e a natureza do cardápio, com a sensualidadee e exuberância da coquetelaria moderna.”
“Mesmo com toda essa mistura complexa, o drink se mostra leve, com notas cítricas e frutadas. Vai muito bem para quem quer começar a noite de maneira mais tranquila.” – (Tom)
foto por Leticia Vanini
vem ver, vê
4. Vem Ver, Vê, por Diego Beck, bartender do Estimada
Verve Vodka em cumaru, whisky turfado, licor de whisky e perfume de limão siciliano.
Diego conta que a inspiração para o Vem Ver, Vê veio da vontade de desenvolver um drink potente com vodka já que esse é um terreno onde poucos pisam e ao mesmo tempo foi a maneira que encontrei para dar protagonismo ao destilado regional. A receita é uma adaptação de um Smoking Vodka Martini, retirado do “The Joy of Mixology” de Gary Regan.
“Um potente Vodka Martini com notas terrosas. O cumaru enaltece a nota de baunilha de Verve Vodka e harmoniza com as nuances cítricas e defumadas.” – (Tom)
foto por Dari Luz
Murakami
5. Murakami, por Tiago Santos , bartender do Izakaya Nankin
Verve Vodka lavada em caramelo de missô, óleo saccharum de banana e limão siciliano.
Já para Tiago, “minha inspiração para criar esse coquetel foi unir insumos da cozinha do Izakaya (caramelo de missô) com uma lembrança da minha infância (banana), e passar o sabor e a história da minha evolução profissional e pessoal.”
“Coquetel cítrico e agridoce, bastante complexo e uma boa opção para pedir após finalizar um dos pratos do local.” – (Tom)
foto por Tiago Grill
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