A Guavira é uma das riquezas do Pantanal, a selvagem fruta dos arbustos pantaneiros.
Guavira, a Campomonesia adamantium, também conhecida como Gabiroba é o “O Fruto que Adão Comeria”.
O Bioma Pantanal é muito rico em recursos naturais porém muitos desses estão sumindo sem ser conhecidos, principalmente por conta do avanço das lavouras, do pasto para o gado e ocupação do solo para habitação.
A guavira é uma dessas riquezar que correm este risco atualmente.
No Mato Grosso do Sul as pessoas dizem que a guavira é a fruta da resistência, porque depois da estiagem, começa a chuva e aí, sim, as frutas aparecem nos guavirais nativos. E é preciso coletar rápido porque elas amadurecem e duram no máximo duas semanas. Ficam em cachos verde e amarelo: a cor do Brasil.
Mas não é só o Mato Grosso do Sul que teve a honra de abrigar essa frutinha nativa mais poderosa do que a laranja. No cerrado, principalmente o Distrito Federal também produz.Seu uso tem benefícios medicinais bastante utilizados por índios e suas raízes ajudam a combater e controlar o colesterol (hipercolesterolemia), depurativo, diabetes, dores reumáticas, menopausa, afecções do trato urinário.
A fruta tem 20 vezes mais vitamina C que a laranja, com presença tânica, também tem notas adstringentes suaves e macias. A cor amarela indica a presença de betacaroteno, que se converte em vitamina A; tem potássio, que ajuda a manter o vigor muscular; cálcio e fósforo, que deixam os ossos e dentes fortes; e magnésio, importante na digestão.
Guavira ou guaviroba é uma fruta selvagem que dá em arbustos nos campos do cerrado de Bonito e um banquete para um pantaneiro nato. A fruta é conhecida já há um bom tempo por pessoas que vivem tanto em Bonito como no Pantanal e é utilizada até mesmo no meio culinário.
Comer Guavira direto do pé é uma delícia, mas em receitas o seu sabor fica mais situante. Em Bonito, por exemplo, a fruta já é utilizada preparação de pratos tradicionais. O sorvete de guavira mostra o melhor deste fruto que de todas as maneiras é saboroso. Entre outras receitas estão a cachaça curtida com guavira, como Taboa Edição Especial, também um símbolo de Bonito-MS, pratos típicos com molho de guavira, que tornaram famosos muitos chefes de cozinha, drinques, licores, e mais algumas que são de dar água na boca.
Seu sabor adocicado encanta paladares de pessoas de todo o mundo que vem a Bonito em busca de novas experiências. E a fruta é altamente valorizada por aqui. Por exemplo, Bonito possui em seu calendário anual o Festival da Guavira, um evento com épocas flutuantes assim como o tempo da fruta.
Esse festival já está na sua 4ª Edição trazendo turistas locais e estrangeiros para prestigiar e vivenciar essa cultura de se catar, cultivar e semear sua utilização para fins gastronômicos trazendo um impacto real e sustentável para os trabalhadores e produtores local da região.
Graças ao Instituto Paulo Machado e dezenas de parceiros o festival abrange um fluxo de capital muito importante para o desenvolvimento de Bonito – MS, fomentando o turismo e a gastronomia local.
Conforme a Lei 5.082, todas as divulgações turísticas do Estado de Mato Grosso do Sul deverão constar a guavira como referência tornando-se o fruto símbolo do estado e referencia turística de Bonito-MS.
Vamos dar prova ao seu valor criando um drinque fácil e gostoso para receber seus amigos em casa.
MS Martini, tem em sua receita cachaça envelhecida no carvalho, Guavira, licor de pêssego, rapadura dissolvida em mel, suco de limão e a decoração é por sua conta, sempre usando um verdinho para dar aroma e sensação de cheiro de mata.
MS Martini
55 ml de cachaça envelhecida (barril carvalho)
15 ml de licor de Pêssego Peachtree
20 ml de suco de limão tahiti
10 ml de mel com rapadura
8 unidades de guavira
Em uma coqueteleira coloque as guaviras e com um socador aperte para retirar seu extrato e sumo. Na sequência, acrescente cachaça, licor, mel e limão. Coloque cubos de gelo e bata vigorosamente. Coe duplamente para uma taça martini previamente gelada e finalize com o seu verdinho de preferência.
Receita Mel com Rapadura
300 gr rapadura + 200 ml mel
Raspe com a faca a rapadura e coloque os dois ingredientes na panela e deixe dissolver em fogo baixo mexendo até toda a rapadura derreter, deixe esfriar e guarde fora da geladeira.
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