Quem se lembra do Hotel dos Estrangeiros? Podemos comparar o Hotel dos Estrangeiros de 1865 como o que um Copacabana Palace ou um Unique é para nós atualmente.

Localizado no bairro do Catete, o hotel era o estabelecimento de maior prestígio na antiga capital do Brasil no último século. Infelizmente, foi demolido para a construção de uma bela obra de arte como podemos ver hoje em dia na foto abaixo….tsc tsc.

Pois foi no cenário de quase dois séculos atrás que Maurício Nabuco narra com maestria uma história sobre bares, barman, causos e receitas da época. Neste livro chamado por ele de Drinkologia dos Estrangeiros, podemos aprender um pouco mais sobre o cotidiano de barman antigos, e também ver que lá atrás, eles já sofriam com problemas que ainda hoje temos que lidar, como no trecho abaixo em que ele cita quais devem ser as habilidades do barman:

           ” – O barman deve ser amável. O gesto clássico da amabilidade profissional; oferecer a garrafa e dizer “sirva-se” está, infelizmente desaparecendo. Mas há outras formas. O barman pode ter memória amável. Lembrar-se de como cada freguês gosta de sua bebida e não fazer como o dentista distraído, que pergunta em cada consulta: em que dente vamos trabalhar hoje?!”

Ou então quando ele fala de de qual é o papel do cocktail:

           ” – O papel do cocktail é matar o tempo entre a chegada do primeiro convidado e o momento de nos sentarmos à mesa, enfim, preparar um bom ambiente. O cocktail é uma bebida misturada à base de algum espirituoso forte, principalmente o gin, e no Brasil a cachaça.”

O livro ao lado está na sua 3ª edição e custo por volta de R$ 30,00 ou R$ 40,00, super acessível para todos. Uma leitura agradável para quem não aguenta mais reler as mesmas receitas de sempre. Uma visão do bar para quem não é do bar.

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