Aprenda a preparar o Maria Pitanga, drinque de assinatura de Pedro Poggio

O amor, em todos as suas formas, são grande inspiração para poemas e prosas. Muita tinta já escorreu sobre o papel para tratar de paixões, mas outro tema segue logo de perto em sua capacidade de produzir coisas belas. As paisagens iluminadas pela luz perfeita e com um horizonte infinito pela frente são capazes de brilhar os olhos de poetas em todos os cantos.

Foi em pé, detrás de um balcão na beira da praia em Búzios, que Pedro Poggio se apaixonou. Sob a luz do sol e debaixo de uma pitangueira surgiu Maria Pitanga. O drinque com nome de mulher e sabor de fruta entrou na carta para diversificar as caipirinhas e aproveitar a abundância de pitangas no salão do Belli Belli Gastrobar.Aos três anos de idade, Maria Pitanga já havia trazido muito alegria e foi então que ganhou um padrinho para uma nova receita. Um gim artesanal brasileiro trouxe notas oleaginosas de castanha do Pará e uma textura mais densa. A cerimônia de batismo foi no Zazá Bistrô tendo como cenário as calçadas de Ipanema ao som de uma orquestra de rua e com muita gente bonita.

Cada ingrediente da versão final da Maria Pitanga conta com perfeição sua história. Primeiro as pitangas, tão abundantes e tiradas direto do pé no restaurante onde nasceu Maria. Na sequência, a tangerina, sabor cítrico macerado em referência ao clima tropical da beira da praia. Logo chega o gengibre, parceiro perfeito e termogênico em alta. As castanhas do pará marcam a maturidade que veio com a chegada do gim na mistura, além de trazer também uma boa textura. O mascavo é lembrança de quando Maria era caipirinha. Por fim, um ramo de aroeira para decorar é a conexão final entre Búzios e o Rio de Janeiro, colorido tão comum nas ruas.

Nascido em Niterói, Pedro Poggio mudou-se para Búzios aos 15 anos, acompanhando o pai, que gerenciava bares. Aos 16, Pedro já trabalhava na copa do restaurante do tio, mas logo pulou para trás do balcão e tomou gosto pelo mundo das misturas. Ao longo de sua trajetória, trabalhou em diversas casas ao lado de grandes chefs de cozinha, como Casas Brancas Boutique Hotel, onde foi chefe de bar .

No intervalo de tempo entre essas duas passagens, abriu em 2014, o Belli Belli, primeiro gastrobar de Búzios muito centrado na coquetelaria. A segunda temporada no Casas Brancas foi para criar o Gin Club no novo restaurante 74. Em 2017, novamente no Belli Belli, focou em campeonatos, faturou um 2º no Dia de Los Muertos da Tequila Patrón e se classificou na seletiva do Rio de Janeiro para disputar a semifinal do World Class 2018.

Com a Margarita Eletrocítrica, a base de jambu e maracujá, faturou o 1º no desafio Margarita do Ano da Tequila Patrón também em 2018 e já está com a viagem ao México garantida para 2019.  Atualmente, Pedro é mixologista da Amázzoni Gin, uma experiência nova e desafiadora.

APRENDA A RECEITA

Maria Pitanga

50 ml de gin Amázzoni
80 ml de polpa de pitanga orgânica
½  tangerina
2 fatias de gengibre
15 g açúcar mascavo
5  castanhas do pará

Em uma coqueteleira macere bem a castanha com o mascavo até criar uma pasta bem oleosa. Acrescente o gengibre e tangerina, macere-os e em seguida a pitanga e o gin. Acrescente gelo e bata bastante. Sirva em dupla coagem numa caneca esmaltada com gelo e guarneça com uma fatia de gengibre e um ramo de aroeira.

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