Aprenda a preparar o Maria Bonita, drinque do bartender Bruno Campos

O sertão tem água, mas toda a chuva cai em um intervalo de três meses. A secura dos outros nove, quando se prolonga, deixa um gosto amargo de poeira, safras perdidas, animais mortos e fome. A expressão arretada é o que define cada uma das mulheres que sobrevive no semi-árido nordestino, mas também muitas das brasileiras que sustentam sozinhas milhões de lares pelo país afora.

Amargo e seco, o Cardinale foi a inspiração para Bruno Campos criar o seu Maria Bonita. O drinque foi feito especialmente para uma cliente que buscava um sabor na mesma linha dessa variação do Negroni, mas um pouco mais marcante.

Compõe a receita, além do gin com um toque de cardamomo, Jambuzera, uma cachaça com jambu que aumenta a potência do tiro. Os tradicionais vermute seco e Campari também fazem parte e, para equilibrar, um toque de xarope de açúcar.

O nome é, antes, uma homenagem a duas Marias, filhas de Bruno. Mas como a nova carta do Soroko já tinha um Lampião, ficou decidido que essa mistura rosada e forte seria a arretada Maria Bonita no menu do bar.

Bruno Campos formou-se em 2006 pela Bertones Bartenders, atual Barones, e já passou pelo Riviera e Central Caos. Atualmente, além de estar com o Maria Bonita na carta do Soroko’s Bar, é embaixador do Jungle Gin.

Quem tiver coragem de bater de frente com um copo de Maria Bonita, é só chegar no balcão do Soroko’s e pedir essa mistura arretada dentre os #365DrinquesDoBrasil.

Maria Bonita

30 ml de Jungle Gin
30 ml de cachaça infusionada com jambu
20 ml de vermute seco
20 ml de Campari
5 ml de xarope de açúcar

Em um mixing glass com cubos de gelo, coloque todos os ingredientes e mexa vigorosamente. Coe para uma taça coupé previamente gelada e finalize com uma casca de laranja. 

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