2019 foi incrível, mas nem tudo foram flores e vamos lembrar alguns dos Micos da Coquetelaria neste ano. E você, o que achou que pegou mal?
O ano de 2019 foi intenso, tanto é que parece que mal entramos nele e já estamos nos despedindo. Porém, apesar de rápido foi um ano que gerou muitas emoções e também teve muitos acontecimentos importantes em todos os setores.
Aqui no Mixology News, trouxemos durante esse ano um conteúdo mais pontual dos momentos que mais chamaram atenção na coquetelaria brasileira.
Tivemos avanços incríveis – que você pode acompanhar na nossa matéria de Retrospectiva 2019, e também trouxemos Os Melhores da Coquetelaria em 2019, pelos votos de mais de 250 bartenders e fanáticos pela coquetelaria.
Porém, além das felicidades e tristezas, também temos aquele sentimento de que a gente ‘poderia ter ficado sem essa’. Listamos alguns fatos que pipocaram em polêmicas por aí e não caíram muito bem esse ano; confira.
Guest Bartenders – Muito barulho por nada
Os guest bartender shifts são eventos muito comuns no mundo inteiro, onde um bar recebe bartenders de outros bares para uma noite especial, atípica e com coquetéis diferente do cardápio comum da casa.
É bonito de ver eventos bem pensados, com conceito e temática, onde um bartender “invade” outro barra e juntos trazem uma experiência única para os clientes. Muitas vezes essas oportunidades se dão por conta de agenda ou viagens programadas. O que pudemos ver em todo o Brasil, foi uma enxurrada de “guest bartender” toda semana, sem propósito, sem divulgação adequada e com qualidade, onde poucos clientes da casa são informados do evento, e no fim das contas, não gera lucro pra casa, experiência para os clientes e no fim da noite, o saldo é drinques de graça para os bartenders amigos que chegaram cinco minutos antes do bar fechar.
Muito barulho por nada, tanto que comentários por aí dizem que guest bartender virou extra não remunerado. Desejamos que em 2020 os eventos sejam melhor organizados, com mais propósito e respeitando mais o cliente do que fazendo do bar uma sala da própria casa.
Armazém Jim Beam em Kentucky pegou fogo em julho
Um incêndio no armazém da Jim Beam em julho deste ano resultou na destruição de 45 mil barris de whisky bourbon na cidade de Versailles, em Kentucky, nos Estados Unidos.
A cena triste da destruição foi completada quando o galpão desmoronou e toda a bebida do depósito escorreu para as margens do rio Kentucky, que ficava próximo ao local, o que gerou relato de morte de peixes.
Ao todo 40 bombeiros trabalharam na operação e de acordo com o chefe de emergências do condado de Woodford, Drew Chandler, muitos raios haviam atingido a região quando aconteceu o acidente e eles acreditam que foi o fenômeno natural que atingiu o depósito e contribuiu para o incêndio. Para diminuir o impacto na natureza, a ordem oficial era de deixar o máximo de álcool queimar para que menos escoasse para o rio.Infelizmente o acidente consumiu 45 mil barris de whisky relativamente jovens, de acordo com a Beam Suntory, matriz da Jim Beam. Segundo estimativa do New York Times, o incêndio provavelmente deve ter provocado uma perda entre 122 a 162 milhões de dólares apenas em produtos.
Polêmica no Marie Brizard Masters em setembro
Em setembro de 2019 o campeonato ‘Stir Up Liqueuriosity da marca de licores francesa Marie Brizard dividiu opiniões polêmicas nos grupos dos bartenders de todo o Brasil e até lá fora.
O evento era fechado para convidados da marca e no dia das apresentações estava tudo correndo bem, os concorrentes apresentaram as suas receitas e foram julgados conforme as regras do concurso.
Na hora que foi anunciado o grande vencedor da etapa nacional, o bartender Ricardo Bassetto (D.O.T.) devido ao barulho e pouco acesso à apresentação (que foi feita sem microfone e era mais voltada ao corpo de jurados) estava tudo certo.
O problema começou quando a mídia divulgou o vencedor do Marie Brizard Masters e o storytelling do coquetel. Bassetto nomeou a criação com ‘Égalité’, como uma homenagem a igualdade de gêneros e ao direito das mulheres.
Porém muitos bartenders começaram a trazer à tona diversos documentos que colocavam em pauta a posição de Bassetto, que se mostrava nas redes sociais com opiniões contrárias às causas feministas, o que gerou um embate se estava correto o profissional vencer o concurso.
Você pode entender mais a fundo a polêmica aqui
Na época, os bartenders (principalmente as mulheres) começaram a ameaçar um boicote à marca caso ela não se posicionasse perante à situação dúbia e muitos pediam para que cancelassem o primeiro lugar, dado à Bassetto.
Porém o resultado de toda a polêmica foi uma grande discussão nas redes sociais e uma nota oficial da marca, em que dizia que ‘respeitava a pluralidade de opiniões’, porém iria seguir com a escolha do vencedor que havia respondido com excelência à todas as exigências do concurso e que acabou representando o Brasil na etapa final em Bordeaux, na França.
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