Rota do Café chega às melhores cafeterias de Londres
Meu primeiro coffee tour foi em 2010. Aproveitei a oportunidade de ter que trabalhar em Londres durante o WBC, Campeonato Mundial de Barista, e saí pela cidade procurando por cafeterias e novas experiências cafeeiras para dividir com vocês na Rota do Café.Já conhecia o Fábio Henrique Ferreira e o seu Flat Cap, um belo coffee kart no meio das ruas londrinas. Marquei de passar por lá numa segunda bem cedinho e quando cheguei ele estava se dividindo entre ajustar a pia improvisada e atender o público sozinho.
Me ofereci para ajudar e quando vi, havia passado a manhã toda fazendo cafés para os trabalhadores londrinos junto com o Fábio e, mais tarde, com o Charlie.
Nessas poucas horas, servimos apenas três espressos, pois todas as outras bebidas eram formadas por grandes quantidades de leite temperadas com diferentes quantidades de café espresso.
O café servido pelo Fábio era de excelente qualidade e como é comum por lá, o leite europeu é realmente superior ao que encontramos aqui. Atualmente, Fábio possui em Londres uma cafeteria de sucesso chamada Notes, Music and Coffee.
Quer saber como era a cena de cafeterias em Londres na década de 50? Veja aqui.
Depois passei em uma loja de roupas onde um simpático barista sueco servia o café do campeão mundial de baristas de 2009, Gwilym Davies.
Tomei um ótimo espresso em uma linda máquina Vitória Arduino, da Nuova Simonelli. De lá segui para a Penny University – onde o ex-campeão mundial de baristas, James Hoffman, servia apenas métodos filtrados de café, mas não espresso ou outras bebidas com leite.
Foi minha primeira experiência do tipo e vi que, mesmo em uma cultura dominada por chás e bebidas de café com muito leite, sempre se pode fazer algo diferente, inovador e educativo para que as pessoas conheçam e criem novas maneiras de tomar cafés.Me encantei com um café colombiano da Fazenda La Linda, pois enquanto quente era puro caramelo, mas quando esfriava ficava com sabor de laranja.
Ao final, deixar Londres foi mais difícil do que pensava. Essa cidade tem tantas cafeterias excelentes para oferecer, museus gratuitos, monumentos históricos em cada esquina e um povo multicultural que até se esquece da chuva diária que paira no céu londrino. Aliás, ela se transforma em um grande motivo para tomar mais um café.
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