O ABC da cura pela pinga. Esse é o subtítulo do livro de Diniz de Souza, escrito em 1983, que teve sua primeira edição em 1931 e que na sua tradução inglesa, pois é, ele já foi traduzido para o inglês, se chama “Pinguistic Pharmacopedia“. Ou seja, é preciso respeitar o Sr. Diniz.
Mas hoje, em pleno 2012, sabemos que nem pinga nem cachaça curam não. Só dá uma malemolência danada!
Uma leitura fácil e divertida sobre os efeitos da cachaça em nosso organismo. Tem dúvidas? Olha só a contra capa:
” Estomatite.Também conhecida como cólica estomacal. Tomar uma colher das de sopa de pinga brava. Caso não surta efeito repetir a dose de meia em meia hora até ocorrer uma das seguintes alternativas:
Ou o paciente fica de tal modo cachaçado que esquece a cólica ou a cólica fica cachaçada e esquece de doer. Não há outra alternativa…”
Diniz de Souza foi um dos escritores que mais coletou informações sobre as tradições populares brasileiras e as formulações mágicas que compõem nossa história.
Outra solução fantástica para Unha Encravada no Pé:
” Dose reforçada de “Fogo Fátuo”, ardente pinga nordestina bebida ao anoitecer. Dirigir-se então para casa e quando lá chegar ao invés de bater suavemente à porta meta o pé na bicha dando uma de machão. O resultado é imediato pois a porta era de ferro (você tinha olvidado) e assim o desenlace é instantâneo voando a unha para o meio da rua. Está feito o desencrave. Atenção: O Berro que você vai dar possivelmente acordará toda a vizinhança. Mas insto é problema dela.”
São livros como esses que fazem a história da nossa cultura etílica no Brasil e devem ser preservados. E acho que esse, vocês podem encontrar em sebos espalhados por aí.
Quem quiser reler a entrevista com três dos maiores cachaciers do país, Jairo Martins, Mauricio Maia e Leandro Batista, é só acompanhar aqui!
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