A Rota do Café passa por São Paulo nesse mês.

Mês passado eu estava em Viena, Áustria julgando o WBC, o Campeonato Mundial de Baristas e, como sempre, foi uma experiência incrível de cafés especiais de todo o planeta.

Pelo fato de ter muitos amigos de várias partes do mundo, voltei para minha casa carregando vários cafés: do campeão Raul Rodas da Guatemala, do segundo colocado, Fabrízio Sención do México, quarto lugar, Miki Suzuki do Japão e mais vários outros pacotes valiosos.

Infelizmente, devido à minha função de juiz técnico, (aquele que avalia as habilidades do barista), eu não pude experimentar da maneira que os baristas prepararam: para espresso e no tempo de torra escolhido por eles.
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Mas esqueci de tudo isso ao chegar a São Paulo.Sempre me impressiono com os cafés servidos no Coffee Lab. Não deveria, mas sempre acontece!

Comecei minha carreira de barista com a Isabela Raposeiras e posso afirmar que conheço poucas pessoas tão obcecadas por qualidade como ela.

Além do mais, seu pensamento inovador está sempre em busca dos melhores cafés e das melhores experiências sensoriais..

Ao chegar para mais uma visita, descubro que tem novidade na prateleira: um tal de Obatã da Fazenda Ambiental Fortaleza (F.A.F.).

Na hora me lembrei de uma mesa de prova em que eu estava com Isabela, toda equipe do Coffee Lab, F.A.F. e Tim Wendelboe e provando vários lotes e entre vários cafés magníficos, nos deparamos com algo extraordinário.

Um café tão diferente quanto saboroso que admito que descrevê-lo foi um tanto quanto complicado.

Mas me lembro que gostei tanto que mal podia ver a hora de prová-lo em um perfil de torra definido exclusivamente para ele.rota do caféTive a oportunidade de provar esse café torrado por uma das melhores baristas que conheço, em uma das melhores cafeterias que já fui.

Tive a sorte de poder levar meu chefe, Mark Crawford que tem quase três décadas de experiência em café e sempre prefere um espresso macchiato.

Mas ao tomar o Obatã filtrado, nós dois praticamente entramos em transe instantâneo.

Primeira lembrança: pitanga. E quanto mais a bebida esfriava, mais prazeroso era tomar. Imediatamente já elegemos esse como um dos melhores cafés que tomamos no ano de 2012.

.Viajar para outros países me trouxe a percepção de que, nem sempre o que é feito no exterior é melhor, ou que somente fora do Brasil vamos encontrar coisas totalmente diferentes.

São Paulo é a cidade que nasci, fui criado e comecei a trabalhar com o que amo. Coloque o preconceito de lado e se permita conhecer bem essa metrópole.

Você pode aprender que existem várias coisas maravilhosas para fazer o tempo todo e, como eu, vai ver que existe beleza entre tantos prédios e carros.

E também vai entender que é uma das melhores cidades para encontrar ótimas cafeterias e pessoas apaixonadas pelo ofício de servir inesquecíveis momentos através de inesperadas xícaras de café.

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