O Desafio Arapuru está entrando na sua última semana e essas dicas vão te ajudar a entregar sua receita!
De 18 de maio a 14 de julho acontece a 2ª edição do Desafio Arapuru, que este ano traz como tema: “Os Futuros Clássicos da Coquetelaria Brasileira”.
O Desafio Arapuru tem o propósito de incentivar o trabalho dos bartenders e fomentar a elaboração de clássicos essencialmente brasileiros.
As inscrições vão até o dia 14/06 e para participar é preciso ser bartender profissional e ter mais de 20 anos. Atendendo a estes critérios, é necessário gravar um vídeo com um coquetel com o potencial de ser um futuro clássico brasileiro; apresentar a ideia por trás da criação; e dar um nome que seja uma homenagem à cultura e à arte brasileiras. O vídeo deverá ser compartilhado em um perfil pessoal e público no Instagram e ficar no ar enquanto o desafio estiver acontecendo.
Aproveite as dicas abaixo para entender melhor a marca e criar uma receita incrível!
A inspiração no vôo do gracioso Uira Puru (em tupi-guarani); “ave voraz” ou “ave enfeitada”; rendeu às orquestras brasileiras uma das obras principais do compositor Heitor Villa-Lobos (1887-1959), descrito como “a figura criativa mais significativa do Século XX na música clássica brasileira“.
A obra folclórica é a imagem do Brasil do ínício do século XX, momento em que a busca pela brasilidade se torna ponto de fundamental importância para os artistas e antropólogos nacionais.
A Orquestra Filarmônica de Minas Gerais, define o Uirapuru (1917) como uma delicada partitura, com audaciosas combinações tímbricas e efeitos orquestrais surpreendentemente moldados ao encanto do argumento indígena. Aproveite para ouvir e se inspirar aqui com a lenda do pássaro Uira puru.
Villa-Lobos criou o argumento de Uirapuru organizando diferentes lendas brasileiras sobre essa ave de canto maravilhoso:
‘Em uma floresta calma e silenciosa, aparece um índio feio, maldoso Feiticeiro, tocando uma flauta de osso. Da densa folhagem das árvores surgem jovens e belas índias que afugentam o intruso com empurrões e xingamentos.
Elas procuram o Uirapuru, trovador mágico que, segundo os velhos sábios da tribo, outrora fora o Deus do Amor. Ao longe, trilos suaves anunciam a presença do pássaro cobiçado. Enfeitiçada por seu mavioso canto, a mais linda das índias, adestrada caçadora, fere-o com sua flecha.
Caído ao chão, o Uirapuru transforma-se no mais belo cacique da floresta. Entretanto, o som fanhoso e agourento da flauta de osso anuncia a volta do índio feio, sedento de vingança. E apesar do protesto das jovens, o ingênuo guerreiro, demonstrando toda sua coragem, enfrenta o Feiticeiro. O cacique é ferido mortalmente e as índias, com ternura e tristeza, transportam seu corpo para uma fonte. Subitamente o jovem volta a ser pássaro e, voando, desaparece cantando por sobre as árvores.
Desde então, no cenário da floresta, reino encantado de muitos sons, de grilos, mochos, corujas, bacuraus, sapos e outros animais cantadores, tudo silencia quando o Uirapuru canta sua longa e bela melodia.’
10% do lucro da marca é voltado para o Arapuru Apoia, uma plataforma para incentivar múltiplas vozes que vão desde a arte popular à coquetelaria.
O Desafio Arapuru é uma dessas inicativas, que pode ser visto em outros projetos como o fotográfico “Retratos da Essência Brasileira”, o artesanato do Capim Dourado, a experiência Amor-Tecimento e o Pantanal em Chamas, da Associação Ampara.
Arapuru Gin tem 12 botânicos selecionados dos 5 cantos do país, trazendo a essência brasileira infusionada em um gin. Um deles é o caju. Fruta suculenta e adstringente, que traz a doçura e o perfume do Brasil.
Bagas de zimbro, sementes de coentro e raiz de angélica, fazem parte da composição clássica do gin, além de imbiriba canela nordestina, puxuri uma noz amazônica, pacová um cardamomo da floresta atlântica, bergamota Montenegrina do sul, limão-cravo, aroeira (pimenta rosa), louro e um hibisco.
Todos botânicos naturais, desidratados e macerados manualmente em um processo artesanal de alta qualidade.
De acordo com o site do gin Arapuru:
“Ele traz um aroma doce e suave com presença de zimbro e notas frutadas e cítricas. Um aroma cativante e, de maneiras sutis, incomum com sabor vívido. Zimbro à frente, frutado com notas cítricas e especiarias. O final é suave e deixa uma sensação interessante.
Arapuru é mais que apenas um gin com botânicos exóticos: é um gin bem trabalhado e construído que mostra o poder do trabalho em equipe internacional. Bem equilibrado, mas suficientemente complexo. Recomendado para fãs de gins contemporâneos.”
Em 2013, Mike Simko mudou-se para São Paulo e como grande fã de culinária e admirador das artes contemporâneas, se apaixonou por um Brasil diferente do que conheceu da Europa e de suas visitas turísticas anteriores. É por isso que ele decidiu criar um gin com uma herança cultural e artística em seu coração.
Para iniciar esta viagem emocionante, Mike pediu ao criador de seu gin preferido (Martin Miller’s) que unisse forças e juntos criaram uma receita com ingredientes de todas as regiões do Brasil, que hoje é destilada no interior do estado de São Paulo.
Foi assim que Rob Dorsett, criador de marcas premiadas como Martin Miller’s, Botanist ou Sipsmith. mos ensinados a magia da destilação do gin por um verdadeiro mestre destilador, Para chegar ao resultado perfeito, foram realizados inúmeros testes e degustações entre a Inglaterra e o Brasil.
Para extrair o máximo de sabor, parte dos botânicos são macerados e embebidos por 24 horas em aguardente de grãos neutros, dentro de um alambique de cobre aquecido. O resto da receita passa por uma infusão de vapor.
Uma das figuras mais importantes da coquetelaria e na Indústria de Bebidas, Erik Lorincz, ficou fascinado pela cultura e biodiversidade brasileira quando veio ao Brasil no início de 2013. Ele participou de nosso processo criativo, garantindo a produção de um perfeito líquido para destacar nossa essência nos coquetéis.
Erik, vencedor da Diageo World Class 2010, veio para São Paulo em 2016 para lançar o Arapuru no mercado brasileiro e ensinou 10 receitas originais em uma masterclass exclusiva para um seleto grupo de bartenders brasileiros. Veja algumas receitas do Erik Lorincz.
“A música folclórica é a expansão, o desenvolvimento livre do povo expresso pelo som.” Villa-Lobos
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