Se existe um dia para beber e curtir o rei dos drinks, esse dia chegou. Hoje é o dia para celebrar o World Martini Day.
Ernest Hemingway escreveu sobre ele. Richard Nixon supostamente bebeu logo antes de deixar o cargo de presidente dos EUA. James Bond causou muito barulho sobre como ele gosta de beber esse drink. O Dry Martini é tão delicioso quanto complicado de agradar, mas felizmente o primeiro é muito mais prevalente aqui.
O Dia Mundial do Martini, ou World Martini Day é uma celebração global organizada de forma independente em nome do Martini aka Dry Martini, para que clientes, bares e marcas possam celebrar o mais sedutor e imponente de todos os coquetéis.
Visite os bares participantes onde super bartenders prepararão um ótimo Martini para você e use a hashtag #WorldMartiniDay.
Em 2021, a campanha foi formalizada para refletir o público global dos Martinis no Dia Mundial do Martini. A data também foi alterada para apoiar os bares e restaurantes no período de recuperação da COVID-19 e ajudá-los a vender mais drinks com apoio promocional global numa noite de fim de semana de pico, sempre no terceiro sábado de junho.
E no Brasil?
No Brasil, o Solara Bar está participando do World Martini Day em parceria com Fords Gin. O bar preparou, um menu harmonizado com alguns dos mais populares Martinis, além de uma Masterclass com Junior Oliveira, embaixador da marca inglesa, para você conhecer mais sobre o elegante Dry Martini, suas proporções e descobrir qual é a que mais agrada ao seu paladar.
O masterclass acontecerá na próxima quarta-feira dia 19. Para reservar entre em contato pelo instagram do Solara Bar.Simplificadamente, o Dry Martini é um coquetel feito com gin e vermute seco, guarnecido com um toque uma azeitona, possivelmente com um zest de limão e servido em uma taça Martini gelada. Um lance de bitter de laranja é opcional. As proporções entre o gin e o vermute vem mudando ao longo dos anos.
Quer conhecer todas as variações históricas do Dry Martini? Corre aqui!
Retirado do Manual de Bartenders, escrito por Harry Johnson’s em 1882. Preencha o copo com gelo, coloque 2 ou 3 dashes de xarope de goma, 2 ou 3 dashes de bitters (Bokers Bitters), 1 dash de curaçao ou absinto, se solicitado, 1 wine glass (aprox. 60ml) de old Tom gin e 1 wine glass (aprox. 60 ml) de vermute.
Presente no livro de Jerry Thomas, por sinal o primeiro livro publicado nos EUA, The Bartenders Guide, em 1862. A combinação de Old Tom Gin, Maraschino, vermute e Boker’s Bitter era a mais consumida na época.
Já no ano de 1896 o drink apareceu em um livro chamado “Stuart’s Fancy Drinks and How to Mix Them”, escrito e publicado por Thomas Stuart. A receita era: 1 dash bitter de laranja, 2 partes de Plymouth gin e 1 parte de vermute francês.
No ano de 1900, o autor William Boothby publicou o livro “The World’s Drinks And How To Mix Them”. Já em 1908 o livro foi reimpresso com o mesmo nome, só que com a primeira receita do Dry Martini Cocktail nele. A receita consistia em gim, vermute seco francês, bitters de laranja, casca de limão torcida e azeitona.
Muito próximo do Dry Martini atual, foi criado pelo bartender Martini di Arma di Taggia, do Knickerbocker Hotel, em Nova York, para o magnata da época, Jonh D. Rockfeller. A missão do Martini, que criou o Martini, era entregar um drinque extremamente seco para o ricaço. A receita é essa aqui: 2 partes London dry gim, 1 parte vermute seco francês e 2 dashes bitters de laranja.
O mundo comemorava o pós guerra, Hollywood estava em festa e James Bond nascia pelas mãos do escritor inglês Ian Fleming. O Dry Martini, já apreciado em todo mundo, passou a competir em pedidos com o Vesper Martini, receita que dividia o gim com a vodka e um toque de Kina Lillet, um aperitivo que já não existe atualmente, apenas uma marca similar chamada Lillet Blanc.
Chegando na reta final da nossa saga do drinque mais famoso da história da coquetelaria americana, vamos falar do estilo de Dry Martini que mais se viu nos bares de todo o mundo nos últimos anos. As medidas favorecem o gim, que se tornou cada vez mais seco, com a adição de pouquíssimas gotas de vermute seco francês. A azeitona continua lá, intacta, mas uma casca de limão, seja tahiti ou siciliano, cai muito bem nessa receita que leva 75 a 100 ml London dry gin, 3 gotas de vermute seco francês e1 azeitona verde
Se você perceber bem, muitos dos melhores bares do planeta já começaram a mexer novamente na sua receita de Dry Martini. Acompanhando a tendência de estagnação do mercado de vodkas, do interesse do consumidor em tomar drinques com menor graduação alcoólica, podemos dizer que estamos começando a ver uma nova releitura do Dry Martini, algo mais perto do Marquerite Cocktail que falamos acima. Ou seja, experimente seu Dry Martini em diferentes proporções de gin versus vermute, por exemplo 2:1 ou até 1:1; o conhecido Dry 50/50.
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