Novas técnicas de shakes, throwing e roll em mistura de líquidos na coquetelaria!
Muito se fala das técnicas inovadoras de shake, de agitação e de mistura de líquidos na coquetelaria.
Elas são um avanço significativo nas pesquisas das variações possíveis entre cada receita e na necessidade (quando necessário) de utilizar diferentes técnicas para diferentes resultados.
Porém, é importante olharmos para o mundo como um todo e entender quais técnicas são utilizadas para qual finalidade antes de sairmos inventando qualquer movimento e dando nomes sem nos questionarmos sua real necessidade.
Na Tailândia, Brunei e Singapura serve-se um chá quente tradicional chamado de Teh Tarik, que mistura chá preto quente com leite condensado.
O consumo é parecido com o nosso pingado, toma-se diariamente, como café da manhã, tarde, ou em alguma pausa do dia…
Ele é servido em tradicionais barracas de rua, que nos lembram nossas pastelarias e barracas de caldo de cana. Teh Tarik quer dizer chá espremido, empurrado.
O chá preto é empurrado contra o leite condensado por conta do peso do líquido que é derramado em grandes distâncias pelo responsável do preparo.
Isso faz com que ele se misture por completo e ainda crie uma textura aerada.
E assim é que entramos de cabeça na mixologia.
Quem não se lembra da técnica “roll” onde você preenche um copo com gelo e líquidos, passa para um boston shaker ou mixing glass e retorna para o copo original, para gelar um pouco sem aguar, para misturar levemente os ingredientes.
Ou então a técnica de throwing, que lança por um fluxo constante de líquido de um shaker para o outro para melhor homogenizar e integrar os ingredientes, criando assim, possivelmente uma textura levemente cremosa. Atualmente é muito comum em receitas como o Bloody Mary. Que tal imaginar três receitas que ficariam mais agradáveis caso fossem “empurradas” ao invés de batidas em uma coqueteleira?!
Pense em harmonizações com ingredientes de leve variação de textura e dulçor, como um destilado com um licor, com necessidade de baixa homogenização? Ora, porque aguar o que deve ser preservado?!
Enfim, com vocês, os astros do outro lado do planeta e suas habilidades com os líquidos!
Então veja esse video abaixo e diga se não lembra muito as técnicas que estamos vendo cada vez mais na coquetelaria mundial.
Mas, existem outras técnicas mais artísticas que também são extremamente apreciadas por lá, e que em algum momento podem nos servir de inspiração para alguma evolução nas técnicas da mixologia. Vale a pena ver cada um dos vídeos pra entender o contexto inteiro.
Podemos ver um jovem rapaz no mercado Chatuchak em Bangkok, na Tailândia, algo como um Mercadão em São Paulo, ou uma Feira de São Cristóvão no Rio de Janeiro. Ele usa três jarras para fazer a agitação do chá.
Esse rapaz abaixo deve ter feito um treinamento avançado para não deixar nenhuma gota do chá escorrer enquanto ele girava não sei bem para que.
O que importa é que o ritual lindo e se fazer isso lhe dá prazer, terei mais prazer em tomar.
Esse chá chama Teh Tarik e é tão tradicional como a nossa limonada aqui no Brasil.
Esse vídeo abaixo é para quem gosta de flair.
Lembro-me de ver esse movimento em algumas apresentações de working flair e o motivo do moço utilizar essa técnica é porque ele precisa de altura para que o peso do chá se misture suficientemente bem ao leite condensado que está dentro do outro copo. Fantástico.
Agora, flair avançado Made in Thai. Terminamos esse passeio pela cultura oriental com uma apresentação sem charme nenhuma, mas cheia de técnica e atitude.
Esse é o Rajnikant Tea e é feito no sul da Índia e com certeza a vigilância sanitária não passou por lá!
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