Saiba quem se classificou para a grande final no Jose Cuervo Paloma Competition 2023 e de quebra, aprenda a preparar as receitas classificadas

Mais de 250 bartenders de todo o Brasil se inscreveram para disputar o título de melhor releitura de Paloma e conhecer a Destilaria La Rojeña, em Jalisco, México, o berço da tequila no mundo.

Na etapa online, os competidores foram julgados de forma anônima por cinco bartenders e especialistas em coquetelaria, Adriana Pino, Carol Gutierres, Marquinhos Felix, Michel Felício e Thiago Sanches.

O resultado mostrou a qualidade da coquetelaria em todo o Brasil, já que os finalistas representam diferentes regiões, desde Recife (PE), Rio de Janeiro (RJ), Sorocaba (SP), Goiânia (GO), Curitiba (PR) e Paraisópolis (MG).São todas receitas originais, cheias de histórias e inspiração e que serão preparadas pelos seis bartenders na grande final que acontecerá em São Paulo no dia 12 de dezembro em evento fechado.

Conheça mais a fundo as receitas finalistas e de quebra, aprenda a receita das releituras de Paloma que disputarão o grande prêmio mês que vem. Boa sorte aos finalistas!

Paloma Nocturna

Cassiano de Sousa Melo é bartender e carioca da gema, com sete anos de bar e quinze dentro de A&B, atualmente é chefe de bares do Hotel Fairmont Rio.

Para Cassiano, “a escolha do nome Paloma Nocturna foi uma referência aos mistérios da noite e um convite para os senhores desvendarem seus segredos.”

“Minha intenção foi de trazer ainda mais complexidade ao Paloma e a escolha dos ingredientes foi pensada na sustentabilidade e em exaltar as características do tequila Jose Cuervo Tradicional.” completa o bartender.

Paloma Nocturna
50 ml Jose Cuervo Tradicional
30 ml Grapefruit Super juice
10 ml cordial Timur Berry
10 ml xarope de chá lapsang souchong
2 gotas de solução salina
1 twist de grapefruit

Coloque os ingredientes em uma coqueteleira com cubos de gelo e faça o throwing para aerar e gelar o drink. Passe para um copo baixo com um cubo de gelo e finalize com um twist de grapefruit.

Las Visitas

Claudemir Oliveira de Araújo é bartender a pouco mais de um ano, nordestino e residente em Goiás, trabalha há 2 anos no bar mas apenas um como bartender e atualmente no Nord23, em Goiânia.

Claudemir escolheu o nome do coquetel para fazer referência ao país onde o drink foi criado. “Acho que seria interessante ressaltar a originalidade do coquetel mostrando suas raízes e de onde ele vem”

“Me inspirei na tradição mexicana do Dia de Los Muertos, comemorado anualmente com rituais e celebrações que todo esse povo traz consigo. O nome é em referência às visitas que todos os mexicanos fazem aos seus entes queridos.” explica o bartender.

Las Visitas
50 ml de Jose Cuervo Tradicional
20 ml de Timurberry Toranja Monin
25 ml de suco de limão tahiti
5 ml de calda de agave
60 ml de soda de toranja com cumaru

O drink é preparado e gaseificado no equipamento Preshh e finalizado com toranjas desidratadas e flor de sal.

Sombrero Brasileño

Gabriel Ribeiro da Silva é bartender há 5 anos e gosta de trabalhar com ingredientes locais da Mantiqueira. Gastrólogo de formação, atualmente é responsável pelos coquetéis do bar e engarrafados da Zalaz Brasil e também pela torra dos cafés da fazenda em Paraisópolis-MG.

Para Gabriel “o nome conecta o Sombrero, grande símbolo popular da cultura mexicana, com uma versão do Paloma, inspirada nos também grandes chapéus brasileiros presentes nas lavouras, protegendo do sol aqueles que abastecem o país e lidam diariamente com a terra.”

“É uma uma homenagem aos trabalhadores do campo, do Brasil e do México. Foram escolhidos elementos acessíveis que agregam mais camadas de sabor ao drink.” completa Gabriel.

50 ml Jose Cuervo Especial Silver
15 ml mix de cítricos (toranja+limão cravo)
50 ml infusão de capim limão com páprica picante e calda de agave azul
60 ml de cerveja fruitbier com pomelo

Em um copo longo com cubos de gelo, coloque todos os ingredientes e mexa levemente.
Finalize com um zest de toranja e com tempero picante.

Magdalena “Kahlo”

Vitor Morais é pernambucano, bartender há 9 anos, atualmente está trabalhando no Ponto Cego, bar referência na coquetelaria pernambucana, ao lado de Luciano Guimarães.

O coquetel é inspirando na pintora mexicana Magdalena Carmen Frida Kahlo, conhecida pelos seus muitos retratos, autorretratos, e obras inspiradas na natureza e artefatos do México. Para Vitor, “o coquetel cítrico na medida certa, doce, refrescante, com um leve toque salgado e picante.”

“No coquetel usei Cuervo Reposado como ingrediente principal com sabor amadeirado e levemente suave. O xarope artesanal de tamarindo traz acidez, a soda de romã entra com a elegância que a própria Frida Kahlo tinha, com doçura e notas frutadas” explica Vitor.

Magdalena Kahlo
50 ml Jose Cuervo Especial Reposado
20 ml sumo de limão siciliano
35 ml xarope artesanal de tamarindo
10 ml solução salina
150 ml água gaseificada soda de romã

Em um copo longo com cubos de gelo, coloque todos os ingredientes e mexa levemente. Finalize com flores vermelhas.

Monochrome

Waka Morishita é bióloga, japonesa e foi gestora ambiental até encontrar sua vocação como bartender há 10 anos. Em SC, comandou com pioneirismo importantes bares em Blumenau. Atualmente é chefe de bar no Astrolab em Curitiba.

Para Waka, “Rosa é a monocor que expressa a policromia mexicana. Desde 1950 fizeram do rosa a cor que traz a alegria e diversidade de culturas, história e sentimentos. A monocromia pode ser vista como melancolia e incerteza, mas o povo mexicano a transforma em alegria e diversidade. Já pensou se Hemingway tivesse participado disso?”

“Sempre tive paixão por Paloma, mas com um twist Hemingwayniano. Para mim, a Paloma perfeita agrega o Hemingway Daiquiri, o Death in the Afternoon e a própria Paloma. A personalidade desses coquetéis que, aparentemente, tem tudo pra serem exagerados… o casamento deles e dos tons de rosa, são para mim a essência da latinidade, do verão e da dor transformada em arte pungente, como fizeram Hemingway na literatura, Frida Kahlo nas artes plásticas e Luís Barragán na arquitetura.” explica Waka.

Monochrome
40 ml Jose Cuervo Tradicional
15 ml xarope de grapefruit
10 ml Amaretto del Orso
15 ml Strega
60 ml espumante brut rose
20 ml redução de espumante brut rose

Em uma coquetelaria com gelo, bata os 5 primeiros ingredientes. Sirva em dupla coagem com gelo novo no copo baixo e complete com espumante. Guarneça com tomilho e flores comestíveis.

Chica ou Galega?

Com 22 anos, Wilson Oliveira Pereira é bartender há 4 anos, tendo trabalhando em diversos bares da sua cidade e atualmente  chefe de bar do Amiiici Lounge, de Sorocaba, São Paulo.

Wilson escolheu usar insumos e tradições brasileiras para um coquetel mexicano. “Trouxe o limão galego, (limão caipira), sendo um insumo originário do Brasil e a cerveja que é uma tradição tanto brasileira como mexicana sendo reduzida com agave. Eu escolhi manter o corpo do coquetel. Pois como é uma releitura não podemos esquecer de manter a originalidade do clássico.” afirma.

60 ml Jose Cuervo Especial Reposado
50 ml suco de grapefruit
50 ml Redução de Corona com Agave
30 ml Limão Galego
70 ml Club Soda Prata

Faça uma crusta de sal cítrico em um copo longo e preencha com cubos de gelo, na sequência coloque todos os ingredientes e mexa lentamente. Finalize com um nó de capim limão e uma gelatina de grapefruit.

Como é o Paloma Original?

O drinque Paloma recebeu o nome em homenagem a La Paloma (“A Pomba”), a popular canção folclórica composta no início da década de 1860.

World Paloma Day foi criado em 2019 e é comemorado no dia 22 de maio em todo o mundo. Na competição, os bartenders serão convidados a criar a sua própria releitura de Paloma, respeitando as bases do clássico mexicano.

A receita mais comum (e saborosa) é a base de tequila prata, refrigerante de grapefruit, suco de limão e uma gentil borda de sal. Mais simples impossível, em um copo longo crustado com sal (que tal flor de sal?) coloque cubos de gelo, tequila, limão e mexa bem. Finalize com refrigerante de grapefruit e mexa levemente. Se quiser, finalize com uma fatia de grapefruit.

Alguns dizem que foi criado pelo lendário barman Don Javier Delgado Corona, proprietário do La Capilla, o bar mais antigo de Tequila, Jalisco. Ele é frequentemente creditado com a invenção do Paloma.

Ele ficou conhecido pela primeira vez por seu coquetel La Batanga (drink feito de tequila, suco de limão e refrigerante de cola).

 

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