Quantas vezes já ouvimos dizer ” Ah, porque essa bebida não chega no Brasil!” ou “Quando eu for pra fora, vou tomar um porre disso e daquilo!”.

Então fiquei pensando, para mim, quais seriam as cinco bebidas que fazem falta nos bares brasileiros?

São tanta s e tantas bebidas que mal sabia por onde começar, então resolvi perguntar para os meus amigos, e pouco a pouco, cheguei numa conclusão!

 

LILLET APERITIF

Lillet é um famoso aperitivo francês, ou mais precisamente um vermouth. Quando lançado em 1895 na Europa, foi chamado de um vinho tônico, com uma pequena adição de quinino, levando o nome de Kina Lillet. O Vesper Martini de James Bond levava meia parte de Kina Lillet, para quem não se lembra, porém essa bebida, que fez muito sucesso no começo do século passado, não está mais sendo produzida. Atualmente, existem duas variações de Lillet: a versão branca e a tinta.

Lillet Blanc: 85% (Sauvignon Blanc, Semillon e Muscadelle) e 15% (destilado com maceração de diferentes laranjas da Espanha, Marrocos e do Haiti).

Lillet Rouge: 85% (Merlot e Cabernet Sauvignon) e e 15% (destilado com maceração de diferentes laranjas da Espanha, Marrocos e do Haiti)

Tanto o Lillet Blanc quando o Rouge poderiam ser utilizados em qualquer receita que levasse vermouth.Ele faz muita falta no Brasil.

 

JACK DANIEL HONEY

Após a alta aceitação de vodkas, tequilas, runs, cachaças saborizadas olha quem resolveu entrar nessa onda?!

Jack Daniels, uma das marcas mais tradicionais e conhecidas do mundo, lançou no ano passado o Jack Daniela Honey, uma bebida que passeia entre o famoso whiskey do Tennesse com um licor de mel.  Uma obra prima para ser bebida diretamente do congelador,licorosa e adocicada na medida certa, com seus 35% de graduação alcoólica que lhe conferem uma potência alcoólica fantástica.

Aproveitando o embalo, a marca lançou o Jack Daniels Winter Punch para o mercado alemão, bem sazonal, mas não chega perto de Jack Honey. Obrigado pelo presente Danilo Lodi!

 

PEYCHAUD’S BITTER

O segundo bitter mais conhecido do mundo, ficando atrás apenas do clássico Angostura, existe desde 1838 (é muito tempo não?) e fez parte de provavelmente o primeiro cocktail da história, o Sazerac, à base de Rye Whiskey, Herbsaint (ou Absinto), Peychaud’s e um cubo de açúcar.

Vamos dizer, no mínimo é inadmissível que um país como o Brasil não tenha a distribuição de produto de tamanha importância. Ok, eu também concordo que nosso paladar não é o dos mais amargos, mas mesmo assim, precisariamos ter ele disponível. Pode ser comprado pela Sazerac Company, nos EUA.

 

GRAND CENTENARIO ROSANGEL HIBISCUS TEQUILA

Cinco de Mayo é a data mais importante do calendário mexicano, pois consagra o povo mexicano e a sua vitória na batalha de Puebla em 1862. Também é a data de lançamento do maior orgulho etílico mexicano, a Grand Centenario Hibiscus, para mim, a melhor tequila já criada na história. Tive a oportunidade de provar e comprar em uma viagem ao México em 2011 (veja aqui como foi) quando conheci a Casa Cuervo, empresa que produz a Grand Centenario.

5 coisas que você deveria saber sobre a tequila antes de seguir nesse post!

Essa tequila é reposada por 4 meses em barril de vinho do Porto, depois macerada em flores de hibisco até ganhar coloração rosada. A experiência é única. O aroma floral no nariz, na boca o primeiro impacto de baunilha, que logo é dominado pelo hibisco e pela ardência dos 40% de álcool de agave fresco.

 

JIM BEAM RED STAG

Absolutamente a melhor bebida que provei em 2012. Pedi uma outra bebida de presente ao bartender Braynner, de Recife, mas ele não encontrou, então eu disse “compre qualquer coisa que você nunca tenha visto na vida”. E assim chegava na minha mão, um ano atrás, a Jim Beam Red Stag, um bourbon com 4 anos de envelhecimento em infusão de cerejas negras.

Mas não é só a combinação de sabores que impressiona, a qualidade da infusão feita pela marca também se destaca. Nunca vi (talvez apenas na Centenário Hibiscus acima) tamanha profundidade de sabor em uma bebida infusionada como na Red Stag. Cerejas negras frescas, uma lembrança de canela e uma nota madura que é pertinente ao barril de carvalho. Para os puristas, sim, vão achar um tanto adocicada, porém é uma oportunidade de provar a bebida em outras formas.

 

 

 

 

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