Todo chá é uma infusão, mas nem toda infusão é um chá!
Cresci ouvindo minha avó dizer que iria pegar um pouco de hortelã no quintal para preparar um chá.
A vida inteira tomei “chá de camomila” para relaxar, “chá de boldo” depois de uma bebedeira, “chá mate” batido com limão para refrescar em um dia de calor. Até o dia em que conheci o chá.
Assim, de verdade, sem nenhuma palavra acompanhando para explicar sobre o que se trata. E foi aí que muita coisa mudou para mim.Pode ser coisa semântica, a evolução do sentido das palavras atráves do tempo e da cultura, mas a verdade é que chá mesmo é aquele que vem de uma planta chamada Camellia sinensis.
Esse pequeno arbusto, descoberto na China há séculos, produz diferentes tipos de chás como o preto, o verde, o oolong e o pu-erh, variando conforme o processamento.
Já as ervas que conhecemos e que fazem parte do nosso dia a dia, são consideradas infusões ou tisanas e são diferentes do chá, pois não tem origem na camellia sinensis.
No Brasil, temos uma riqueza enorme de plantas que servem ao preparo de bebidas e são chamadas de chás. Em nossa cultura – como em muitas outras – aprendemos genericamente a chamar de chá diferentes infusões.
O que se pode dizer é que todo chá é uma infusão, mas nem toda infusão é chá.Confuso? Nem tanto.
Isso não quer dizer que vamos sair por aí corrigindo as pessoas ou brigando com o garçom no restaurante só porque ele respondeu que tinha chá de camomila quando perguntamos que chás ele tinha na casa.
Os “chás” de ervas fazem parte da nossa cultura e não há problema em continuar chamando de como os conhecemos. Entretanto, assim que sabemos das diferenças, podemos ir mais longe no aprendizado sobre os resultados deste tipo de camellia e aperfeiçoar nossos preparos com os “chás” de mentira e os chás de verdade
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