Nos últimos anos, não podemos negar que a Coquetelaria evoluiu exponencialmente. Porém a pandemia do covid-19 trouxe um retrocesso vertiginoso para o setor de Bares e Restaurantes em todo o país.

Refletindo sobre esse momento, é de extrema importância que o mercado abra os horizontes para “novos rumos” e pensando nisso, quero compartilhar com vocês algumas ideias e projetos para que a gente consiga realizar essa revolução.  

Você já pensou em visitar alguma Universidade Estadual ou Federal que fica próximo da sua região ?

Tenho certeza que você vai se surpreender com os trabalhos desenvolvidos nelas. Além disso, você terá acesso a uma mega consultoria com infinitas possibilidades de inovação para o seu estabelecimento.

Hoje, o Estado do Ceará, vive uma tempestade perfeita para o setor de gastronomia, com políticas públicas e projetos da iniciativa privada. Eu sei que que temos diversas iniciativas interessantes em outros Estados.

Por exemplo,  o Selo de Produto Cearense, um modelo interessante na busca de regionalidade do seu estabelecimento.

Que tal você procurar redes de apoio como o Slow Food Brasil, pra monitorar insumos com características locais, orgânicos e oriundos da agricultura familiar ?

Pra quem quiser conhecer um pouco mais do trabalho de alguns centros de pesquisa aqui no Ceará experimente visitar os links abaixo:

Escola de Gastronomia Social da Sec. de Cultura do Ceará com cursos gratuitos

Observatório Cearense da Cultura Alimentar com a missão de pesquisar, fomentar e difundir a cultura alimentar.

Cultura Alimentar Cearense, projeto do Slow Food Ceará

Mestrado em Gastronomia da Univ. Federal do Ceará

Apesar da simbiose da coquetelaria com a gastronomia, poucos se dão conta de que muito que se foi divulgado como “insumos exóticos” por alguns chefs renomados são oriundos de pesquisa em laboratórios e comunidades locais de todo o Brasil.

Além disso, a indústria de bebidas alcoólicas nacionais passa pelo seu melhor momento em todos os tempos. Temos variedade de marcas, diversidade de produtos e categorias, sabores complexos e cada vez mais qualidade a um bom custo beneficio.

Somos proprietários do maior celeiro de biodiversidade do mundo.

E porque não podemos aprender com quem convive a décadas com esses biomas? Porque não criar parcerias com esses Centros de Pesquisa ?

Como é o caso do caju, que hoje conta com diversos produtos gastronômicos, que vão desde bebidas como a cajuína, o fermentado de caju, o vinho de caju até carnes veganas de caju. Porque não fortalecer conexões com comunidades de produtores locais, quilombolas e aldeias indígenas?

Pela primeira vez em muitos anos, a Coquetelaria Brasileira tem a possibilidade de sair da pandemia com o fortalecimento da sua identidade própria fazendo com que todo esse conhecimento esteja disponível para essa revolução.   

A prova cabal disso, é o crescente número de resorts de luxo, bares e restaurantes por todo o Nordeste que tem como foco, a utilização da nossa brasilidade como elemento de competitividade no setor.

Além disso, recentemente o Ministério do Turismo lançou o “Desafios e Oportunidades para o Turismo Gastronômico no Brasil” que tem o objetivo de fortalecer o nosso Turismo Gastronômico. Segundo dados da Organização Mundial do Turismo (OMT), a gastronomia aparece como o terceiro maior impulsionador de viagens no mundo.

Mais do que números, precisamos entender que a pandemia nos trouxe uma oportunidade de quebra de paradigmas. Então temos o desafio de enfrentar esse “novo normal”, com inteligência e sabedoria.
E você, como tem se reinventado para enfrentar esses tempos difíceis na barra?

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