Drink reconhecido mundialmente, porque tantas Piñas Coladas são ruins de beber? Conheça toda a história e aprenda a preparar a Piña Colada perfeita.

No dia 10 de julho é comemorado o Dia Nacional da Piña Colada em Porto Rico, o berço deste coquetel tropical delicioso. A ilha recebeu oficialmente esse título em 1978, quando foi reconhecida pela autoridade máxima local, a governadora de Porto Rico.

Piña Colada significa, em espanhol, Abacaxi coado. Mas um drink simples, com ingredientes fáceis, costuma dar muito errado em diversos bares por todo o mundo? As respostas estão no passado e nós vamos te contar tudo agora.

Se você gosta de Piña Colada, vá para Porto Rico

A Piña Colada é originária da capital San Juan, mas a identidade de seu inventor permanece um mistério na ilha.

Em 1978, a Piña Colada foi declarada bebida oficial de Porto Rico. Já em 2004, o hotel Caribe Hilton recebeu uma proclamação assinada pela governadora de Porto Rico, Sila María Calderón, em homenagem ao 50º aniversário da bebida.

A origem da Piña Colada

A Piña Colada tem suas raízes fincadas na ilha tropical de Porto Rico e apesar das muitas histórias de origem contestadas as mais sérias remontam à década de 1960.

Ao mesmo tempo, a referência folclórica mais antiga conhecida a uma bebida parecida à Piña Colada nos leva ao século 19, quando os piratas porto-riquenhos misturavam água de coco, suco de abacaxi e rum para criar uma mistura refrescante. A combinação é maravilhosa, é verdade, mas é difícil achar que os piratas tinham esse interesse gastronômico tão apurado ao invés de apenas consumir o álcool.

No entanto, a versão moderna da Piña Colada que conhecemos e amamos hoje só foi criada muito mais tarde.

Em 1954, um bartender chamado Ramón “Monchito” Marrero foi convidado pela administração do hotel Caribe Hilton na capital San Juan para criar uma bebida exclusiva que representasse a essência da ilha.

Após três meses de experimentação, Marrero finalmente encontrou a receita perfeita de Piña Colada, que fez sucesso instantâneo entre os hóspedes do hotel e entre os moradores locais. Pelos 35 anos seguintes, ele serviria pessoalmente seu coquetel enquanto atendia como bartender no hotel.

A receita final e aprovada pelos clientes combina rum branco, suco de abacaxi fresco e creme de coco. Acontece que no Brasil o creme de coco caribenho  é um ingrediente pouco conhecido e comercializado (e que bom, porque é uma gororoba de açúcar, espessante, coco em pó e outras coisas mais). Aqui, adaptamos com naturalidade para o leite de coco combinado com o leite condensado.

“A Piña Colada é uma parte fundamental da história icônica do Caribe Hilton. Temos orgulho de sermos conhecidos como o local onde a receita se originou e queremos que nossos hóspedes se sintam parte da história”, afirma Pablo Torres, gerente geral do Hilton.

A fama instantânea da Piña Colada

A Piña Colada tornou-se tão popular em Porto Rico que foi declarada a bebida oficial da ilha em 1978.

A música “Escape” (também conhecida como “The Piña Colada Song”) de Rupert Holmes, lançada em 1979, consolidou ainda mais o status da bebida como um ícone cultural.

“Escape” é sobre um homem que coloca um anúncio pessoal em busca de uma parceira com interesses semelhantes, incluindo “fazer amor à meia-noite nas dunas do Cabo” e “beber Piña Coladas”. A música se tornou um sucesso e deu reconhecimento mundial à Piña Colada.

Aprenda a receita

Piña Colada

60 ml de rum branco
30 ml de leite de coco
30 de de leite condensado
120 ml de suco de abacaxi fresco

Coloque o rum branco, leite de coco, leite condensado e suco de abacaxi no liquidificador. Adicionar o gelo e misture até ficar homogêneo por cerca de 15 segundos. Sirva em um copo de longo ou taça hurricane. Decore com uma fatia/rodela de abacaxi fresco e uma cereja marasquino.

 

Porquê muitas receitas de Piña Colada falham miseravelmente?

Nosso editor e consultor de bar Marco De la Roche foi escalado para responder essa pergunta.

“A Piña Colada é um drink maravilhoso, mas é preciso tomar ela em um ambiente que seja coerente. Não dá pra tomar um drink desse no frio do inverno, ou num restaurante sofisticado. É preciso contexto. São muitos os fatores que podem diminuir o potencial de sabor de uma Piña Colada bem feita. É possível elencar alguns pontos para você nunca cometer esses vacilos tão comuns.” avalia De la Roche.

1 – Ao invés de blendar todos os ingredientes em um liquidificador com gelo, bartenders escolhem bater o drink em uma coqueteleira com gelo, fazendo com que a bebida fique menos cremosa e homogênea do que deveria.

2 – Por muitas vezes, para reduzir custos, bartenders e chefes de bar escolhem produtos de baixa qualidade. Por exemplo, um suco de caixinha de abacaxi nunca vai chegar onde um abacaxi fresco consegue.

3 – Guarnições e decorações excessivas. Muitos bares entendem que a cultura tropical de coquetelaria é igual a um abre-alas de escola de samba e acabam falhando na apresentação do drink. Fatia de abacaxi, rodela de kiwi, cereja de chuchu, hortelã, raspas de coco, parede do copo besuntada de calda de frutas vermelhas entre tantas outras.

4 – No Brasil, alguns bartenders confundem Sex on The Beach com Piña Colada e enchem o fundo do copo com groselha. Don Marrero ficaria muito decepcionado com você.

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