Neste dia 04 de Outubro, Dia do Bartender, uma homenagem aos profissionais deste país
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Não. Eu não sou bartender.
Eu não sou bartender. Já fui um dia, mas não sou mais.
Assim como não sou bartender, não sou barman.
O que eu sou hoje é um profissional do mercado de bebidas, um consultor, empreendedor, empresário, blogueiro, produtor, instrutor, palestrante ou o que mais eu criar nessa vida que amo e não troco por nada. Sim, tudo isso relacionado à bebidas, isso sim eu sou.
Se quiser saber a definição de mixologista, leia aqui também.
Mas não sou bartender.Bartender é aquele profissional de bar e restaurante responsável por atender os clientes, preparar, servir e criar drinques para eles, além de organizar seu estoque e limpar seu ambiente de trabalho. Essa é a definição de quem parece que nunca viveu um dia atrás dos balcões.
Para mim, bartender é aquele responsável por lidar com todo e qualquer problema de ultima hora, seja da empresa ou dos clientes, atendendo da maneira mais respeitosa e hospitaleira possível, sempre tentando transformar a noite do cliente em uma experiência especial. É também aquele responsável por suar para fazer tudo funcionar do jeito esperado e não permitir que nenhum cliente veja sua gota de suor escorrendo.
Não importa se eu saiba ou não mais de bar, bebidas e técnicas do que um bartender, eu não sou.
Não importa se eu consigo harmonizar sabores, criar drinques melhor do que algum bartender.
Isso não me faz um bartender.
Eu respeito o bartender e a sua bela profissão, formada durante séculos pelo esforço, determinação e muito amor de tantos profissionais empenhados em colocá-la no lugar digno que ela merece na sociedade.
É pelo respeito que tenho pela profissão que digo que não sou bartender.
É pelo respeito ao balcão.
Para mim, uma cultura de coquetelaria pode ser definida pela quantidade de pessoas comuns que reconhecem o nome de pelo menos algum bartender em sua cidade ou país.
Se um advogado, dentista ou arquiteto sabe qual é o nome do bartender do Ritz, do Veloso ou do Bar Brahma, essa cidade possui uma cultura de coquetelaria pulsante. Se uma sociedade apenas reconhece nomes de bares ou de drinques, infelizmente, somos meros coadjuvantes nessa história.
Respeite o bar.
É por respeito que não me apresento como bartender por aí. Sei das privações de quem passa a noite acordado atendendo e limpando o balcão enquanto estou dormindo. Sei da responsabilidade em atender honestamente o cliente. Sei que há muita gente competente trabalhando duro para ser bartender todas as noites.
Nenhuma denominação deveria ser maior, mais importante quando se trata de bar do que ser bartender. Não se deixe enganar pelas modas por aí.
Hoje, 04 de outubro, Dia Internacional do Bartender, quero homenagear com esse texto todos os bartenders que conheci e que me trataram com carinho e com educação em toda a minha vida.
Se você trabalha em bar, parabéns, vá para o balcão hoje e faça o seu melhor novamente.
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