Bloody Mary é daquelas receitas amadas e odiadas. Todo mundo gosta de contar a história da tal da rainha que se banhava com o sangue das belas jovens inglesas para manter a juventude. Ou a adaptação da loira do banheiro ou mulher do algodão, que se você disser treze vezes o nome dela e por ai vai. Mas a verdade é que pouca gente gosta mesmo de sentir o gosto do tomate na boca. E sabe porque?! Simplesmente porque nos é natural. Comidas e bebidas doces são mais “saborosos” do que os salgados, azedos e amargos. Comprovadamente.
E no caso do Bloody Mary, temos o suco de limão, o molho inglês, o sal e as pimentas para complicar nossa primeira impressão geral. A vodka é neutra (ou deveria ser…atenção), já o suco de tomate possui o agente umami que equilibra as sensações.
Quer saber mais?! Caso vc ainda não goste de Bloody Mary se prepare, pois é possível que passe a gostar com o andar da carruagem. Quero dizer que, de acordo com pesquisas científicas em análise sensorial, o nosso organismo está preparado para ao longo da nossa vida, ir perdendo os prazeres nos DOCES e se concentrando mais nos AMARGOS.
Já percebeu quantos Milk Shakes você pedia enquanto seus pais estavam na tal da cervejinha?! Ou seja, se quiser ir acostumando seus filhos aos sabores amargos/ácidos, ofereçam à eles um café coado de qualidade, ou um Virgin Mary, aquela versão sem álcool do Bloody Mary. Eles agradecerão no futuro.
Quer mudar algum ingrediente. Vamos lá, experimente trocar a vodka pela tequila, e ao invés da pimenta do reino moida, use pimenta do tipo jalapeno. Quer mudar o suco de tomate?! Experimente “pelar” o tomate no fogo, colocá-lo no liquidificador e coar o suco fresco do tomate. É outra coisa.
Quer mudar o molho inglês, coloque no lugar da vodka, sake, e no lugar do molho inglês, uma pitada de wasabi e um pouco mais de suco de limão. Quer até fazer uma receita de bloody mary molecular?! Divirta-se, faça do jeito que achar melhor….Mas não esqueça, que a receita básica original é essa acima.
Você quer saber sobre a criação do cocktail?! Não sei, mas com certeza deve ter um americano e um francês brigando pela autoria.
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