Drinques do Baú são aqueles  deliciosos, mas que foram esquecidos conforme as décadas foram passando.

Nossa missão, aqui no Mixology News é não deixar nenhum drinque incrível se perder no tempo Não mais.

Para isso, convidamos um grande bartender mineiro, Thiago Ceccotti, residente das coqueteleiras do Bar Palito em Belo Horizonte, para quinzenalmente compartilhar conosco uma receita incrível.

Com dezenas de colaborações nos Drinques do Baú nos últimos anos,  separamos 7 grandes receitas que merecem ser provadas e a gente tem certeza que você ainda não experimentou. Então, aproveite o conteúdo e no próximo bom bar que visitar, peça um desses 10 coquetéis incríveis abaixo.

Seelbach Cocktail
O Seelbach Cocktail é um drinque do baú que foi criado por engano, mas virou o coquetel de assinatura do hotel que foi criado. Reza a lenda que, em 1912, um casal de New Orleans estava hospedado no hotel durante sua lua de mel e pediram um Manhattan e um Champagne Cocktail.

Um bartender desastrado deixou que um coquetel derramasse sobre o outro tendo que fazer as bebidas novamente, mas dando a ideia para o nosso drinque do baú, que combina bourbon, triple sec, bitters e champagne.

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Vieux Carré
Ok, apesar de ser um grande drinque, por conta dos ingredientes é mais difícil de conseguir prová-lo. Afinal, não é todo bar que dispõe de Cognac, Benedictine e Peychaud, além de outras bebidas.

O nome é baseado no termo francês que os locais usam para o French Quarter, o bairro mais famoso da cidade de New Orleans, EUA, onde ele foi criado.

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Blood & Sand
Este Drinque do Baú foi criado em 1922 para a festa de lançamento do filme Blood & Sand, um drama sobre a vida de um toureiro espanhol, baseado no livro Sangre y Arena, de Vicente Blasco, escrito em 1909.
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O primeiro registro da receita para esse coquetel aparece no famoso The Savoy Cocktail Book de 1930. Combina whisky, vermute rosso, licor de cereja e suco de laranja fresco. Experimente!

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Corpse Reviver 2
O conceito de Corpse Reviver surge no início do século 20 como coquetéis para rebater a ressaca. A versão mais famosa destes coquetéis é o Corpse Reviver#2 de Harry Craddock.

No seu livro Savoy Cocktail Book, Craddock alerta sobre este “tônico”: “Quatro destes tomados em rápida sucessão irão desreviver o corpo novamente.” A receita original deste coquetel pede pelo vinho aromatizado Kina Lillet, também utilizado no famoso Vesper Martini.

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Pegu Club
Criado no refúgio britânico de Rangoon, Burma (atual Yangon, Myanmar) o Pegu Club era o coquetel da casa deste local que reunia os desbravadores do império britânico e oferecia um local “civilizado e confortável”.

Sua primeira aparição é no livro de Harry MacElhone “Barflies and Cocktails” de 1927. Em 1930 Harry Craddock comenta que este é um coquetel que “viajou e agora é pedido em todo o mundo.” É um coquetel que combina gim, suco de limão tahiti, curaçao e bitters.

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Fish House Punch

O Fish House Punch, pertencente ao formato mais antigo de consumo de coquetéis, é o maior representante da coquetelaria comunitária. Segundo David Wondrich em seu livro Imbibe! este ponche “merece ser protegido por lei, ensinado nas escolas e ser obrigatório nas Festas de Independência.”

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Bobby Burns

Robert Burns é o poeta nacional da Escócia e foi um dos primeiros a escrever em língua escocesa e um dos precessores do Romantismo. A data de seu aniversário é amplamente comemorada com uma ceia (Burns Night) que envolve muitas homenagens e o tradicional “haggis”, um prato parecido com uma buchada.

Já o seu coquetel é uma variação do Manhattan com whisky escocês, que viraria um Rob Roy. Sua origem é debatida, mas a primeira receita impressa aparece no The Savoy Cocktail Book (1930) e é a receita mais reproduzida.

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